Desperta a aurora fria e desbotada,
Em mais um dia que precede o fim,
E essa minha alma frágil e tão cansada,
Já não suporta a dor que dói em mim.
A noite avança, rompe a madrugada,
Eu já não sinto o aroma do jasmim
Que andava no meu quarto e na sacada
E perfumava todo o meu jardim.
Dia morto… noite morta… tudo é nada…
Viver só por viver não me consola
Se a aurora só é bela colorida.
Sinto que irei sem ti nessa jornada,
E a suportar a angústia que me assola,
Prefiro não viver – isso não é vida!